27 setembro, 2006

voltar a Fernando Pessoa...

O valor das coisas não está no tempo que elas duram, mas na intensidade com que acontecem.

Por isso, existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis.

20 setembro, 2006

O mais que puderes...

Hoje dei por mim a pensar na forma como tenho conduzido a minha vida nos últimos anos. Pensei, zanguei-me comigo e sem migo. Muitas foram as questões que me assaltaram os sentidos.

Valeu a pena ter feito assim?? O que me fez escolher estar com esta pessoa e não com outras?

A resposta, invariavelmente foi: "CLARO QUE SIM, VALEU A PENA!". Apesar de tudo, valeu a pena.

Talvez pudesse ter feito diferente, mas não fiz. Acredito que fiz o mais que pude.

Antes de sair de casa ainda tive tempo para colocar na mala um dos meus autores preferidos, o Grego Konstandinos Kavafis, que aqui recordo com o poema "O mais que puderes".


O mais que puderes

E se não conseguires fazer da tua vida o que queres,
então pelo menos tenta,
o mais que puderes; não a menosprezes
no contacto abundante com o mundo,
nas muitas acções e palavras.

Não a menosprezes no vaivém
frequente, expondo-a
à estupidez diária
de relações e amizades
até que se torne um fardo estranho.


Konstandinos Kavafis, 1905. Tradução de Carla Hilário Quevedo

11 setembro, 2006

ligado à...

Atacado por esta falta de inspiração e tentando desanuviar o cinzento permito-me aqui destacar um post que encontrei em http://aztheworldturns.blogspot.com/.

"À noite, a minha mulher e eu, sentados na sala, falávamos das coisas da vida.

Abordávamos a temática de viver ou morrer "com dignidade".

Na oportunidade, ocorreu-me dizer-lhe "nunca me deixes viver em estado vegetativo, dependendo de uma máquina e de uma garrafa de líquidos. Se me vires nesse estado, desliga as máquinas que me mantêm vivo...

Ela levantou-se, desligou-me a televisão e despejou a cerveja fora.

Filha de uma grande p.... :)))"

Cinzento...

Continuo a lutar contra esta desinspiração que me impede de escrever algo de que me orgulhe.

Etrutural ou conjuntural, a verdade é que, este cinzento (como o dia de hoje), teima em sobrepor-se ao brilho dos dias de Sol e à magia das noites de Lua cheia.

Fico na esperança de que se trate apenas de uma situação episódica e que, em algum tempo, agora ausente, o cinzento se afaste.