29 agosto, 2006

Volto em breve...

Pois é vou fazer uma pequena pausa.

Volto na próxima segunda com uma vida nova.

Até breve







Temos que aprender a viver com eles...

24 agosto, 2006

Mais cidade que sexo: Afectos [III]

que falta que sinto de dias assim...

Mais cidade que sexo: Afectos [III]

As Time Goes BY...

Casablanca continua a ser um belissimo clássico do cinema. As time goes by, a banda sonora de muitos romances.

Com ou sem romance aqui fica para se deliciarem.

O mundo é grande...


O mundo é grande

O mundo é grande e cabe
nesta janela sobre o mar.
O mar é grande e cabe
na cama e no colchão de amar.
O amor é grande e cabe
no breve espaço de beijar.

Carlos Drummond de Andrade
(morreu a 17 de Agosto de 1987)
posted by marta r em http://astroqueflameja.blogspot.com/

21 agosto, 2006

afectos...

Ah, quanta mágoa
Ah, quantos sonhos incompletos
Mas oh, quanta palavra tomou vida
na nascente dos afectos
desorganizados alfabetos

Não sabe ler neles quem pensa
nem lhe conhece bem as cores
que por secundários os dispensa
aos afectos medidores
do corpo e da alma e seus sabores

Porque o quadrado da hipotenusa
é igual a já não sei quê dos catetos
a traça do passado é tão confusa
mas tão límpida a lembrança dos afectos
são fartos e temíveis
são as cordas sensíveis
quietos, irrequietos
p'ra sempre
politicamente incorrectos
os afectos, os afectos

Era de uma espécie quase extinta
foi encontrada adormecida
a cara talvez em paz, talvez faminta
esperando a investida
de um só beijo que a devolva à vida

Já que se pede ao amor loucura
não se lhe dê veneno à flecha
nem triste pecado à mordedura
abre o pano até que fecha
o amor busca nos afectos a deixa

Porque o quadrado da hipotenusa
é igual a já não sei quê dos catetos
a traça do passado é tão confusa
mas tão límpida a lembrança dos afectos
são fartos e temíveis
são as cordas sensíveis
quietos, irrequietos
p'ra sempre
politicamente incorrectos
os afectos, os afectos

Música: Jorge Constante Pereira Letra: Sérgio GodinhoIn: "Domingo no Mundo", 1997

Relativizar...

Relativizar os acontecimentos é sempre um complexo exercício. Aquilo que para uns parece ser algo avassalador, para outros, pode parecer, à escala da sua existência, um acontecimento fútil e banal.

No entanto, só um sistema tão complexo como é a mente humana consegue, em simultâneo , problematizar, complexificar, e realizar de imediato as operações contrárias.

Confuso??? Passo a explicar, ou talvez não...

Esta noite, como muitas outras, fui dormir com uma questão, que me parecia avassaladora, injusta e muito mais. Até aqui nada de novo.

A verdade é que, tentando conversar sobre este "problema", a determinada altura se colocava a questão de saber até que ponto aquilo era de facto importante e porque não relativizar e bla, bla, bla...

O que é verdade é que fui realmente dormir a pensar que aquilo era uma grande M... .

(A partir daqui vem a parte que parece filme de terceira, mas não é)

A certa altura dou por mim a sonhar ( e aqui de facto Freud foi genial) estava na rua em que passei a minha infância a brincar com a malta da minha idade (espaço de grande prazer). Como diz o Sérgio Godinho "em sonhos, é sabido, não se morre". Não morri mas cresci, e ainda na minha rua de infância, já adulto, converso com uma menina pequenina que me pergunta: "posso ser neta da tua mãe?"; não porque fosse minha filha (ou talvez sim) mas porque era filha de ninguém, abandonada no mundo. Em simultâneo, vinda do nada, surge uma outra criança, um pouco mais velha, em cadeira de rodas eu olho para ela que tenta articular qualquer coisa e não consegue. Aqui acordo e dou-me conta da pequena importância do meu "grande problema".

Parece um acontecimento banal e até patético mas não deixou de me impressionar.

19 agosto, 2006

Há coisas que um homem não pode deixar que lhe aconteçam...

Há muito tempo, um amigo, bastante mais velho que eu, disse-me: "Há coisas que um homem não pode deixar que lhe aconteçam".

Nem sempre é possivel ter o controle da vida, porque esta, felizmente, acontece na relação com os outros, no entanto, uma grande parte pode ser determinada por nós.
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Se, em alguns momentos, é saboroso deixar vogar a existência ao sabor dos deliciosos acontecimentos, outros há, em que temos que tomar a vida nas nossas mãos...

é um post merdoso mas apeteceu-me!!!!!